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"Do you know a cd named Demon Lover ou something like this?" "Yeah!" "A soundtrack released by Sonic Youth?" "Right there!", Do jeito que o cara apontou tive a certeza de que estava numa das melhores lojas de cine, video e música independente da cidade. Se algum amigo fanático por Sonic Youth lhe encomendar a trilha sonora de un filme francês, e os computadores da Towers ou Virgin nem registrarem a existência da raridade, na Kim's tem. Saint Marks. O espírito e a invenção do cool caminham por aquelas ruas do Village desde os anos cinquenta tentando compensar os pecados de uma América imperial repleta de bombas atômicas e interesses de governo. Penso em Gregory Corso e Allen Ginsberg enquanto os jornais anunciam o show dos Strokes no Madson Square. Nas ruas a garotada do rock usa havaianas e o novo tem a cara do velho que tenha cara de novo, e me sinto em casa mesmo que seja primeira vez que pise naquelas calçadas. Sex and tattoo shops e óculos de camelôs. A contracultura criou espaços de reinvenção do cotidiano dentro de pequenas lojas de roupas e discos, livrarias, bares e afins. Ali noções de lberdade, política, atitudes e estilos de vida acabam produzindo os sentidos que depois alimentam a indústria do entretenimento. O degêlo desse cool é o impasse desse estado de arte da cultura pop. O hip-hop, a perfiferia, o Outro e o terrorismo bagunçaram o coreto também rendendo boa mufunfa ou audiência. A poeira das torres ficará um bom temop no ar... Enquanto isso brechós e a moda trabalham com a arquelogia dessa cultura, em busca de alguma identidade perdida na busca de um freezer que evite o degêlo. Ou ofereçar novos e supostamente melhores modos de vida na América. Ou então é isso: Nonycverse.
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