Estou chocado e o mal-estar é grande. Será esse o teu fim, América, derrotada na figura fálica de tuas torres gêmeas transformadas em pó? Ou, o que é mais provável, a vingança aumentará a miséria no mundo, alguns morrerão, e tudo custará um pouco mais caro no ano que vem. <<mauro>> |
![]() |
![]() Não se fale de segurança. A revolução terrorista de 2001 fez emergir a maior das mazelas crônicas do imperador do mundo: o ódio que causa nos que não lhe favorece favorecer. O único ganho garantido ao que intromete-se em conflitos para tirar proveito e multiplicar seu domínio são os inimigos que vem de brinde com esses aliados por conveniência. Mas pode até valer a pena se der tão certo quanto deu para ele mesmo na última por enquanto guerra mundial. Só que em tempos de overdose do sonolento discurso da democracia, fica mal demais o primeiro mundo exibir tão displicentemente as fissuras da sua retórica expirada; as velhas armadilhas do faça o que eu digo mas não faça o que eu faço. Diz a realidade que a luta é do rico dono da riqueza e do poder contra o pobre dono da pobreza e da ignorância de olho na riqueza e no poder. Longe de justificar um arranhão sequer, quanto mais cinco mil mortes, abra-se os olhos para um combustível talvez único comparável ao egoísmo original do ser humano chamado nada a perder. Onde há isso, há fogo. Muito fogo: é só ligar a tv e ver o triste agora daquele que faz o que quer só porque ensinou ao mundo a salvação pelo consumo. Será esse mesmo o modelo ou estará chegando a hora do grande teste da anarquia ideal solidária no desespero que o Brasil está inventando, por exemplo? Porque quem não tem dinheiro não vai ter mesmo, e o negócio é achar uma outra fonte de alívio para essa nossa profunda angústia causada pela ignorância da existência.<<alê faljone>> |
O |